Passar para o Conteúdo Principal Top

 

Logo_20Aniv_Lagoas

Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d'Arcos Ponte de Lima

Paisagem Protegida das Lagoas_v2

Percurso das Tapadas (PR 2)

O Percurso das Tapadas é um percurso pedestre denominado de pequena rota. As respetivas marcações e sinalizações obedecem às normas internacionais. O percurso desenvolve-se na Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d’Arcos, permitindo o contacto e interpretação da área das tapadas, incluindo os seus valores naturais.

O percurso inicia-se junto à ponte de Esteiro, elemento arquitetónico construído durante o séc. XVI ou XVII, próximo da zona de fronteira entre as veigas, onde se desenvolve a agricultura, e a área localmente designada por tapadas, que abrange a zona central da Área Protegida. Esta área é caraterizada pela alternância - responsável pela abertura de sucessivos cenários - entre espaços abertos, associados às zonas de pastagens naturais, e espaços fechados pela densa vegetação arbórea à base de carvalhos, amieiros, salgueiros e vidoeiros.

A atividade silvícola aqui desenvolvida, atendendo à exploração de um bosque composto maioritariamente por espécies autóctones, visa essencialmente a obtenção de lenha para o aquecimento térmico das habitações. Os habitantes de Bertiandos encontram nas tapadas o único espaço florestal existente na freguesia. O percurso segue por um trilho em calceta, marcado na primavera/verão pelo esplendor e frescura do bosque, repleto de sons das inúmeras espécies de aves da Área Protegida. O bosque é também o abrigo diurno de espécies de mamíferos como a raposa, o javali, o corço e a fuinha. No outono/inverno, destaca-se a grande variação cromática resultante das espécies de árvores caducifólias.

Entramos e caminhamos num passadiço, estrutura em madeira sobrelevada que permitirá atravessar a área alagada pelo transbordo do rio Estorãos, em situações de cheia, que inclui, já próximo do seu fim, um posto de observação orientado para um lago temporário - formado pelas águas do ribeiro de Fujacos. Deste ponto seguimos em direção ao Centro de Interpretação Ambiental, passando pelo rio Estorãos, para nos dirigirmos a uma das duas lagoas da Área Protegida - a lagoa de S. Pedro d’Arcos-, que estiveram na base da classificação da área como Zona Húmida de Importância Internacional. Após breve paragem no posto de observação da lagoa, que aconselhamos para desfrutar da bela paisagem conferida pela zona húmida e, se possível, para observar espécies de avifauna aquática, seguimos até uma bifurcação no passadiço, que devemos tomar, percorrendo uma zona de pastagens naturais gerida pela Área Protegida. As pastagens, limitadas por sebes vivas, foram durante décadas mantidas pelo pastoreio, na primavera/verão, de gado bovino da raça minhota. A par da pressão exercida pelo gado, pisoteio e corte da vegetação - que interrompia a sucessão ecológica evitando a evolução da pastagem para bosque -, era conferida especial atenção às sebes, designadamente ao nível da sua formação. As sebes, fonte de lenha, continham o gado, não permitindo o seu acesso à propriedade alheia.

Saímos do passadiço, em plena área de tapadas, e dirigimo-nos até uma estrada asfaltada que devemos seguir, virando à direita. Passamos novamente sobre o rio Estorãos e continuamos em frente, envoltos por um belo túnel de vegetação, até chegarmos às ruínas de um moinho de água, conhecido por moinho de Matias. Viramos à direita e encontramos, uns metros à frente, o ponto onde iniciámos o percurso.

Consulte:
Brochuras:

Rua da Ponte do Esteiro, Bertiandos
4990-550 Ponte de Lima