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Chapim-real

O maior dos chapins portugueses ostenta uma magnífica plumagem colorida, que vale a pena procurar nas nossas florestas e bosques.

 
Identificação

O Chapim-real (Parus major) é o maior chapim da família Parulidae, medindo 14 cm de comprimento e entre 22.5 e 25.5 de envergadura. A plumagem é maioritariamente castanho-esverdeada nas partes superiores (manto e cauda) e amarela no peito e barriga. A cabeça é preta com exceção das faces brancas, e é a partir do colar que parte uma banda preta que atravessa todo o peito e barriga da ave. O bico é igualmente preto. Nas asas possui uma barra branca que é visível apenas em voo.

A identificação do Chapim-real não é difícil, distinguindo-se do Chapim-azul (Parus caeruleus), o seu parente mais semelhante, pela maior dimensão, pela cabeça branca e preta e pela bata preta nas partes inferiores. À semelhança do que acontece com outras espécies de chapim, o comportamento caraterístico que adota quando se alimenta, esvoaçando entre os ramos das árvores, suspendendo-se de patas para o ar e emitindo sucessivos chamamentos, torna a sua deteção e identificação mais fáceis.

 
Distribuição e Abundância

É a espécie de chapim com maior áres de distribuição, ocorrendo em praticamente toda a Europa. É uma ave comum e com populações estáveis na maioria da sua área de distribuição.

 

Estatuto de Conservação

Em Portugal, o Chapim-real tem estatuto de não ameaçado. A nível internacional encontra-se incluído no Anexo II da Convenção de Bona.

 

Fatores de Ameaça

O Chapim-real é uma espécie largamente distribuída e bem adaptada a uma grande variedade de habitats florestais. Assim, encontra-se protegida do principal fator de ameaça que põe em perigo muitas espécies de aves: a perda de habitat.

 

Habitat

Ocorre numa grande variedade de habitats demonstrando assim uma elevada versatilidade. Frequenta principalmente áreas florestais (montados, pinhais, olivais, eucaliptais, galerias ripícolas) mas também estevais e outras formações arbustivas. O tipo de coberto florestal pode, muitas vezes, ser menos importante que a estrutura e densidade do sub-bosque, uma vez que a possibilidade desta espécie se alimentar no solo é muito importante. Bem adaptado à presença do Homem, o Chapim-real ocorre também em parques e jardins, aproveitando estruturas feitas pelo Homem para nidificar.

 

Alimentação

A dieta do Chapim-real compõe-se principalmente de insetos (lepidópteros e coleópteros) e de aranhas, mas também de frutos e sementes, sobretudo no inverno, quando os insetos escasseiam. Assim, durante a primavera e verão os chapins alimentam-se nas árvores e no outono e inverno maioritariamente no solo. Em determinados locais os chapins habituaram-se a comer em comedouros colocados em parques, jardins e quintais particulares, comedouros estes que lhes asseguram a alimentação durante os meses em que o alimento escasseia.

 

Reprodução

O Chapim-real nidifica em cavidades nas árvores, onde preenche a camada do fundo do ninho com musgo, folhas secas, lã e penas. Ocupa facilmente caixas-ninho construídas pelo Homem, principalmente em habitats em que escasseiam as cavidades naturais. A postura é iniciada em março ou abril. A fêmea põe entre 3 e 18 ovos, habitualmente entre 6 e 11 na Europa, que incuba sozinha durante um período de 12 a 15 dias. As crias deixam o ninho ao fim de 16 a 22 dias.

 

Movimentos

As populações de Chapim-real são maioritariamente residentes, embora ocorram deslocações de carácter irruptivo em situações nas quais a densidade populacional atinge valores extremamente elevados. No extremo norte da área de distribuição e nas regiões alpinas as aves migram para sul no final do verão.

 

Na Paisagem Protegida

O Champim-real é uma ave residente e muito comum na Área Protegida. Ocorre principalmente nas zonas arborizadas, mas também pode ser encontrada nos campos de milho, em busca de larvas, que lhes servem de alimento. É a espécie de ave que mais ocupa as caixas-ninho espalhadas pela Área Protegida.

 

Fonte: Adaptado de Naturlink.